sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

A cantora Wanderléa em Lavras


Lançado há menos de duas semanas, o livro “Wanderléa... Foi assim. Autobiografia” faz inúmeras referências à cidade de Lavras, onde a cantora morou até os seis anos de idade. Sua casa, cercada de árvores, situava-se à rua Dr. Gammon. Dali costumava pegar carona nos carros de boi até o bairro do Aquenta Sol, conta a Wandeca da turma da Jovem Guarda dos anos 60. Gostava de cantar na Rádio Cultura de Lavras, para onde foi levada por sua vizinha Dona Nhanhá que, um dia, a convidou para cantar numa reunião religiosa em sua casa. Na Rádio, fez referência a um “Regional” que acompanhava as músicas/canções que as crianças interpretavam. Imagino que poderia ter sido o Regional de José Mattioli, o mesmo que nos meados da década de 1950 tocava no programa mirim, Clube do Guri, na mesma rádio. Algumas vezes frequentei aquele programa, no auditório da Rua Benedito Valadares e depois no salão paroquial.  Wanderléa, a Leinha, como era chamada a menininha, aos quatro anos, causou grande comoção numa quermesse, em Lavras, ao cantar ao microfone segurando sua linda boneca loira pelos pés e com a cabeleira  “varrendo” o chão. Aos seis anos de idade a família de Wanderléa se transferiu definitivamente para o Rio de Janeiro e para relembrar sua infância dedicou em seu livro um capítulo especial com o subtítulo “Lavras”.

Suas reminiscências da infância na cidade passeiam por todo o livro e não se restringem apenas ao capítulo especial. Há inúmeras citações a fatos ali acontecidos. Contou que, depois de ter alcançado grande sucesso na Jovem Guarda, com Roberto e Erasmo Carlos, foi matar a saudade de seu gostoso passado na cidade, já no ano de 1999. Visitou a rua na qual morou por muito tempo, onde deixou lembranças que marcaram sua alma. Imagino, ainda, que ela se referia especialmente a aquelas pessoas retratadas a seu lado nas postagens de Renato Libeck. Ler sua autobiografia e também rever as fotos de sua visita à Lavras, foi como retornar à infância, andando pelas ruas e lugares citados de nossa cidade natal.

Adorei o livro autobiográfico, escrito na primeira pessoa, revelando ter sido, e certamente é, uma pessoa de bom coração, muito humanista, de bem com a vida, embora tenha enfrentado muitos percalços. Há passagens muito emocionantes como seu show em um leprosário e nele se lembrou dos tempos de criança em Lavras, quando sua mãe dava comida aos leprosos (naquele tempo ainda não se dizia “hanseníase) que ocasionalmente passavam em frente à sua casa. Um deles, terminando de se alimentar, pediu licença à Dona Odete, a caridosa mãe de Wanderléa, para quebrar a louça e os talheres, pois estariam infectados pela sua doença, mostrando-lhe, sob a capa, o braço enfaixado, corroído pela doença. A menina de apenas seis anos, e muito curiosa, olhava de longe mas, a triste cena ficou gravada para sempre em sua memória. Imagino o quanto ela chorou de emoção naquele show que ofereceu, anos mais tarde, aos desafortunados de um grande leprosário em Fortaleza. Ali, cantou até mesmo na impenetrável caverna escura, onde ficavam os doentes em estado terminal. Ler e sentir os detalhes de sua narrativa, sobre a emoção causada naquele show, foi comovente. Impressionante, ainda em relação a aquela triste caverna, foi que uns dez anos depois, ao ensaiar uma nova musica, teve uma profunda sensação de angústia, aperto no coração, a ponto de interromper o ensaio. Sentou-se, esvaziou a alma e chorou convulsivamente tudo que havia vivenciado na tenebrosa caverna dos leprosos e ainda aquela cena presenciada em Lavras,  em tenra idade, quando sua mães caridosamente alimentava aqueles infelizes doentes à porta de sua casa. Ambas as experiências ficaram adormecidas silenciosamente no fundo de sua alma. “O flagelo humano, a vulnerabilidade da carne e toda a impotência me fizeram cair em prantos e compreender melhor o valor da vida e da solidariedade ao próximo”, escreveu ela em seu livro. Belíssima reflexão, do fundo da alma, coração ternura!

Outra passagem marcante de seu caráter foi quando se desfez de seu carrão importado, um Mustang branco de capota preta, o primeiro a chegar ao país. No trânsito em São Paulo, depois de parar numa rua bloqueada por um caminhão que recolhia lixo, foi reconhecida pelos garis que correram até ela e aplaudiram seu sucesso da TV e nas rádios. Chegou em casa e emocionada com a cena e diante da humildade daqueles garis, decidiu que num país pobre como o nosso não deveria ostentar superioridade de status financeiro e social e por isso vendeu o carrão, conforme ela mesma disse. Coração de pura ternura e deve mesmo, com certeza, ser por causa de gestos assim que o rei Roberto Carlos a batizou de “Ternurinha”.

Wanderléa foi a rainha inconteste da juventude dos anos 60, ao lado do rei Roberto Carlos. Seu livro é um autorretrato sincero, doído em muitos casos e comovente em muitas passagens de sua vida. Revela-se como filha amorosa, carinhosa até mesmo com o pai, um tanto durão na (não) aceitação de sua carreira artística, de mulher independente, resolvida, que gostava de cantar, dançar e se vestir com modelitos avançados para a época. Além disso, sofreu duros revezes, a morte prematura, com apenas 17 anos, de sua irmã Wanderlene, a Leninha, depois veio a morte do pai, seguindo-se o acidente com seu noivo, Nanato, filho do apresentador Chacrinha, que fraturou a coluna num mergulho em piscina e ficou tetraplégico. Ela o acompanhou e dele cuidou, diretamente, por longo tempo e este foi um duro golpe sofrido pela cantora, mudando o rumo de sua vida, deixando em segundo plano a carreira artística. Não bastasse isso tudo, seu próprio filho Leonardo, com menos de três anos de idade, também morreu afogado na piscina de sua casa. Foi a perda mais arrasadora, segundo ela própria e para completar, dez anos depois perdeu seu querido irmão e companheiro Bill, que  faleceu ainda na casa dos 40 anos de idade.

Muita fatalidade, muita dor, que ela suportou, inclusive cuidando de todos esses entes queridos em suas fases finais de vida. Mas, ela sempre intercalou momentos felizes nesses períodos de dor. Dizia, em uma de suas versões musicais que vivia triste e por isso cantava (Tempo de criança).  Cantava e inovava os tempos, tempos duros, disse ela em entrevista:
“vivia como todos os jovens no Brasil, com aquela pressão de comportamento. Os vestidos eram abaixo dos joelhos. Existia todo um ‘bênção mãe, bênção pai’. O jovem não tinha uma identidade própria, uma maneira de vestir, uma gíria própria, músicas próprias. Nós trouxemos, de uma forma muito intensa, essa jovialidade para o país. Era uma briga séria dentro de casa para usar saia curta. Os rapazes usavam só azul marinho, camisa branca, e de repente veio aquela garotada toda cabeluda, blusas de babados, e eu com a minha minissaia”.

Foi de fato uma revolucionária, apesar de todos os percalços e sofrimentos pelos quais passou. Revendo, agora, a série de fotos publicadas pelo historiador e colecionador de quase 100 mil fotos antigas da cidade, Renato Libeck, vejo que realmente ela foi e é muito amorosa, saudosa dos tempos que passou em nossa cidade, comprovando-se assim o que escreveu em sua autobiografia. De fato ela é, sim, além de cantora de sucesso, mulher de valor, humilde, de coração generoso, humanista que cuidou dos entes queridos, com prejuízos para sua carreira profissional. Pura ternura!

Em sua última visita à Lavras houve uma passagem interessante, contou-nos o historiador Ângelo Alberto De Moura Delphim que, então, fora ao Hotel Vitória tomar café da manhã com Wanderléa e o marido. Ela estava na cidade para apresentar um show na Praça Augusto Silva, a principal praça da cidade. Chegou um dia antes e, por volta da meia noite, foi à rua Dr Gammon para ver sua antiga casa. Não a encontrou de pronto, pois as casas haviam sofrido reformas em quase toda a vizinhança. Porém, um morador a reconheceu (e quem não a reconheceria?...) e antes de leva-la ao endereço desejado, convidou-a para entrar em sua casa. Convite aceito, mostrou-lhe um lindo bebezinho dormindo no berço e aos prantos contou à Wanderléa que tinha sido abandonado pela esposa. Pediu sua ajuda e ela, a famosa cantora, durante o show, pediu à mãe do bebê que comparecesse ao palco pois ali estava seu marido. Dessa vez a linda e famosa cantora não mandou que o “Senhor Juiz parasse o casamento....”, ao contrario reatou os laços de união daquele casal que voltou para casa feliz e ambos cuidaram do bebê que, hoje, provavelmente estará lendo essa bonita história. Wanderléa, mais uma vez deu provas de seu doce coração.

Mas, esse não foi o primeiro show que ela apresentou em Lavras. Houve outro, no auditório Lane Morton, do Instituto Presbiteriano Gammon, no ano de 1967 ou 68, segundo nos relata Fausto Novaes, um dos integrantes do conjunto musical “Os Fantásticos”, que tocou na abertura do show. “Ficamos impressionados com a simplicidade, a beleza e classe da Ternurinha que, embora estivesse no auge da Jovem Guarda, tratou a todos com muita simplicidade, alegria e ainda preferiu se hospedar na casa de amigos de infância, ao lado do Instituto Gammon, próximo ao local onde residiu quando criança”, completou o guitarrista, Fausto.

De minha parte, como todo jovem daquela época e com a mesma idade da “Ternurinha”, acompanhava tudo pelo rádio, TV e revistas e, lógico, entrava na onda daquela “festa de arromba”. Assisti  a seu show em Uberaba, em 1966, no auge de sua carreira, quando se apresentou ao lado de Renato e Seus Blue Caps e outros artistas. Mais tarde, já no ano de 1997, embarquei em Brasília no Boeing 737/300 da Varig, de prefixo PP-VOZ, com destino a São Paulo para assistir ao show “Jovem Guarda 30 anos - A Festa”, que estava com mais de um ano e meio em cartaz e fazia tremendo sucesso. Hospedei-me num hotel na Rua da Consolação, bem próximo ao antigo Teatro da Record, que foi palco dos shows da Jovem Guarda nos anos 60. Dia seguinte, 17 de julho de 1997, uma quinta feira, recebi os amigos de Lavras  e nos dirigimos para a tradicional casa de espetáculos Tom Brasil, em Santo Amaro (na época também era conhecido por HSBC Brasil), onde se daria o show. Com mais de duas horas de duração, apresentaram-se muitos daqueles que integravam a turma da Jovem Guarda das tardes de domingo na TV Record, como, Eduardo Araújo que entrou no palco dirigindo uma réplica do carro vermelho conversível, cantando “Eu sou o Bom”, e mais, Silvinha,  Jerry Adriani, Incríveis (Netinho, baterista e organizador do evento), Vips (Marcio Antonucci), Ronnie Von, Ed Wilson, Martinha, Leno e Lilian,Trio Esperança, Wanderley Cardoso, Rosemary, Deni e Dino, Golden Boys e tantos outros. Mas, sem demérito para os demais, a atração principal foi mesmo a Wandeca, com sua micro-saia de couro e botas de cano alto e 100 milhões de fios de cabelos loiros, muito compridos, esvoaçantes, formando linda e maravilhosa cabeleira tal qual Barbarela, na qual ela própria disse ter se inspirado no look. Fomos ao delírio com a sua canção “O tempo do Amor”, o maior sucesso e a canção que ela própria mais gostava:
“Já chegou, já chegou/Novamente a bonança/Todo mal já passou/Já voltou a esperança/Vamos dançar e namorar/Sempre alegre ser.
Vivendo assim a sorrir/A vida tem mais sabor/É o tempo do amor (Tempo do amor)
Uh uh uh uh uh, uh uh uh uh uh.
É feliz, bem feliz/Quem amar de verdade/Se viver como nós/Sem rancor, nem maldade
Vamos cantar, sem pensar/Que o mundo é tão ruim.../ É o tempo do amor...”

            Esse foi dos melhores shows daquela turma, segundo as próprias palavras de Wanderléa, ensejando, inclusive, o lançamento de dois CDs. E posso afirmar que realmente foi uma catarse. O público lotava o imenso auditório, todas as noites, escreveu a cantora, acrescentando que “o amor das pessoas estava ali, intacto, me enchendo de alegria e boas vibrações”, trinta anos depois, do mesmo jeito. 

             Tempos bons, não somente a época da infância da cantora como também os anos dourados da década de 1960, quando ela e sua turma da Jovem Guarda embalaram os sonhos daquela juventude sadia, sem vícios e que apenas queria se divertir. E como nos divertimos com aquele som chamado de iê, iê, iê (parodiando os Beatles, yeah, yeah, yeah...). e para entrar na onda deixamos de lado as calças Lee, Topeka e Sheriff e passamos a trajar a nova calça Calhambeque, da griffe do rei Roberto Carlos. Ah..., a camisa social da época era a Volta ao Mundo (que não amarrotava...rsrs) e a brilhantina nos cabelos era farta, lustrosa e seu nome era "Brilhantina Glostora". As meninas usavam penteados de coque alto, como ninho de passarinho, com muito laquê.  Predominavam as minissaias com até um palmo acima do joelho, enquanto que a ousada Wandeca usava, segundo escreveu em seu livro, a micro-saia de apenas quatro dedos abaixo do púbis. Sim, para as zelosas mães que mantinham  rígido controle sobre as filhas,  era muita ousadia da “Ternurinha”. Realmente, tempos bons daquela juventude. E a nossa querida cantora sempre expressou muito bem essa alegria e nos empolgou muito mesmo, ali em São Paulo, já cinquentão de cabelos grisalhos, mas com o coração de vinte anos apenas.

Hoje, novamente, com seu livro autobiográfico, nos leva a um passado gostoso, marcado pelas doces tardes de domingo da Jovem Guarda na TV Record de São Paulo e as habituais horas dançantes no Clube de Lavras ou mesmo nas frequentes reuniões em casas de amigas. Mães muito ciosas preferiam que as filhas recebessem os amigos em suas próprias casas, sob constante e direta supervisão/vigilância. Mas, ainda assim sempre era possível roubar um beijo das meninas pelos corredores da casa, o que era o máximo permitido à época... um beijo roubado (na verdade, consentido, cúmplice), rápido, corrido, adrenalina a mil por estar transgredindo as rígidas normas e a cerrada vigilância de então. Por isso, ler o livro autobiográfico de Wanderléa é como se tivéssemos sido protagonistas de sua vida e, em certo sentido, podemos afirmar que sim. Ótimas lembranças! Foi uma brasa, mora!

Gostaria de sugerir aos amigos lavrenses, especialmente ao Possato, Libeck, Angelo Delphim, Mattioli e outros a procurarem a Prefeitura de Lavras (Secretaria de Cultura ?) e sugerir um convite, uma recepção cultural, uma homenagem a ela, a cantora Wanderléa (de sobrenome Salim), pois ela ama nossa cidade onde viveu a infância e ainda tem parentes. Talvez uma solenidade na belíssima Casa da Cultura, com cerimônia de lançamento de seu livro, que é recheado de inúmeras referências à comunidade local, à família Salim, irmãos de seu pai e muitas outras pessoas com as quais ela conviveu até o início dos anos 50. Com a palavra a comunidade! Ela merece o título de Cidadã Honorária, não apenas pelo fato de ter aí vivido e agora divulgado com amor e carinho os tempos de sua infância em Lavras, mas, sobretudo por ser quem ela é: mulher de valor, íntegra humilde e de doce coração, “Ternura” que a todos ama.

E se realizarem esse evento, não deixem de divulga-lo, pois, embora distante mil quilômetros e por mais de quarenta anos, aí estarei para mais uma festa de arromba, de homenagem a essa maravilhosa pessoa. Uma festa para, novamente, arrombar nossos corações com a alegria contagiante da cantora “Ternurinha”. E é mesmo, um doce de menina. Abraça-la e agradecer pelas alegrias proporcionadas à nossa juventude, cujo amor ainda permanece em nossos corações, será muito prazeroso. Seus shows têm sido momentos mágicos de volta ao passado. Alegria pura! E a alegria é valiosa e mais, a música é parte importante dos momentos felizes, disse a cantora. A musica é capaz de acalmar a alma, nos enleva e faz-nos flutuar no tempo das doces recordações. Concordo com ela, a cantora de terno coração, a musa de todos os tempos, como bem disse seu querido irmão, Bill, empresário que cuidava de sua imagem, repertório, figurinista sem igual. Para ela “O tempo do amor das jovens tardes de domingo é hoje. É agora. Aquela boa energia nos deixa com sede de futuro”. Sim, concordo..., somos eternas crianças a rememorar o passado e a projetar um futuro feliz.

Brasília, 26 de janeiro de 2018

Paulo das Lavras


A expressão preferida da cantora, a alegria e a volumosa e bela cabeleira
no look de Barbarela, na capa de seu livro autobiográfico
Foto: Capa do livro “Wanderléa...Foi Assim” - 2017


Wanderléa visitando antigos vizinhos, em Lavras (Iris e outros).
Av. Dr Gammon, ano 1999. Alguns estudaram com seu irmão, Wanderley, que a acompanhou durante toda a vida profissional. Também a irmã, Wanderlene ,  estudou no mesmo Grupo Escolar Álvaro Botelho.  Infelizmente foi vítima de bala perdida e faleceu, aos 17 anos, no Rio de Janeiro.
Os amigos relembraram à Wanderléa os tempos felizes da infância, ali, naquela rua, ao lado de vários de seus irmãos mais velhos, o pai Antônio Salim e a mãe Odete. Foi um reencontro mais que feliz para a cantora que, além do carinho e admiração recebidos, pôde reviver aqueles doces anos de sua infância.
Na foto, Vanildo, vizinho e contemporâneo apresenta-lhe sua filhinha.
Foto: Acervo de Renato Libeck



Rua Dr Gammon, anos 60, onde morou Wanderléa e sua numerosa família até o inicio da década de 1950, quando então se transferiram para a cidade do Rio de Janeiro
Foto: Acervo de Renato Libeck


Com a amiga e vizinha de infância, Iris. Emoção da amiga e
a alegria e ternura até no toque pessoal da cantora. Um doce de menina.
Foto: Acervo de Renato Libeck

Toda a rua se mobilizou com a ilustre visita. Até o “papagaio”
 veio fazer festa para Wanderléa. Ela escreveu em seu livro que vendia frutas e verduras numa cestinha e cada vizinha dizia: “Leinha, compro uma verdura , mas só se você  cantar um pouquinho pra mim”. E ela cantava.
Foto: Acervo de Renato Libeck

No portão da casa de uma “vizinha” da rua Dr Gammon, em Lavras.
Foto: Acervo de Renato Libeck

Em entrevista a uma rede de TV, em Lavras, ano de 1999
Foto: Acervo de Renato Libeck





Wanderléa durante os ensaios do musical "60! - Década de Arromba".
Foto: André Rodrigues