domingo, 31 de dezembro de 2017

Ano Novo – Esperanças renovadas, por quê?


            É incrível como o homem do campo sabe contar o tempo sem consultar o relógio. Meu pai, com sua vida no campo, nunca usou relógio até os 80 anos. Depois disso passou a usá-lo no pulso e ficava como uma criança a admirar o brinquedo a todo instante. Viveu até os 101 anos e nunca mais se separou dele, até o último momento. No campo estava sempre a olhar para os céus como a implorar a chuva para o plantio de cereais e o sol para a colheita. Sabia a hora pela posição do sol, qualquer fosse a estação do ano, com a precisão de cinco a dez minutos. Por isso, enquanto na lida, nunca precisou usar o relógio. Nos trópicos, onde vivemos, sabe-se que há dias mais curtos, quando escurece mais cedo e dias mais longos quando o sol se põe mais tarde. Há dias mais frios e dias mais quentes. Dias chuvosos e dias mais secos. Lua cheia, bem grande e brilhante e depois aparecem pequenas como se fossem metades. Mas, antes disso, o homem observou que havia dias e noites e que o sol “passava” pelos mesmos lugares todos os dias e que a lua “passava” pelos mesmos lugares todas as noites. Acreditavam que o sol girava em torno da terra. Isto até o ano de 1543, quando foi publicada a tese de Copérnico (falecido no mesmo dia da publicação), que mostrava que a terra girava em torno do sol (sistema heliocêntrico). Poucos acreditaram. Galileu, quase um século depois (1616) defendeu a tese de Copérnico e foi condenado pela Inquisição da Igreja Católica. Foi obrigado a negar publicamente a tese de que a terra gira em torno do sol, que seria “herética” e “teologicamente” errada. Foi condenado e teve seus livros incluídos no Index, censurados e proibidos.
           
Bem, mas e o tempo medido?  Ora, havia dia e noite, frio e calor chuva e estiagem e esses fenômenos se repetiam em intervalos regulares de tantas luas, conforme observado pelos agricultores, que se baseavam nesses ciclos lunares para plantar e colher. Assim, ficou fácil criar um calendário que se repete a certo intervalo de tempo, as chamadas estações. E qual intervalo? As fases da lua, lógico! E a repetição  de uma estação se dá a cada 12 lunações. A esse ciclo completo, que corresponde a uma volta da terra em torno do sol, convencionou-se chamar de Ano, dividido em 12 meses. Esse é o chamado movimento de translação da terra e durante esse período, o ano, a lua também dá 12 voltas em torno da terra. Cada volta da lua em torno da terra dura aproximadamente 30 dias, tempo que se passou a chamar de mês. Então, o ano tem 12 meses, o mês tem 30 dias, e cada dia tem 24 horas – tempo em que a Terra dá uma volta em torno dela mesma (rotação). Assim, ficou definido o tempo para a humanidade. Lógico que se os fenômenos naturais se renovam, como o dia, noite e as estações, completando o ciclo anual, o homem passou a usar esse calendário para quantificar todas as suas ações, a começar pela contagem da idade... os anos de vida. Marcar o tempo é uma grande necessidade humana, não só para questões práticas como psicológicas. Foi sábio quem inventou a divisão do tempo. Tempo de iniciar, plantar, colher e celebrar os feitos. E o padrão adotado foi, então, o Ano/Mês/Dia, pelas razões já explicadas.

Mas, o que significa o Ano Novo? Por que paramos para pensar, refletir e planejar o próximo Ano? Creio ser uma necessidade atávica, de nossos ancestrais que viviam exclusivamente da agricultura. Já imaginou se o agricultor deixa de plantar na época certa? Não vai colher fruto ou cereal algum, pois cada planta tem seu ciclo vegetativo em função das chuvas e horas de sol (de 10 a 12 horas por dia , no verão para florescer e frutificar). Então, fazer um balanço do ano agrícola que passou era mais que necessário. Tão necessário quanto o “planejar” o dia do novo plantio dos grãos. Na Europa e nos EUA há um deadline (data fatal), no mês de maio, para o plantio dos cereais. Se for plantado depois da data fatal é certo que o “general” inverno vai matar a planta antes que seu fruto amadureça, lá pelo mês de novembro próximo. Então, desde que esse mundo é mundo, o homem sempre associou o final de ano como a época para se fazer um balanço das atividades e também planejar ações para  ano novo, até mesmo por questão de sobrevivência. Assim deve ser na nossa vida pessoal. Ao final de cada dia, mês ou mais popularmente no final do ano,  sempre comemoramos aquilo que realizamos. Mas, e as festanças?  Toneladas de fogos de artifício, bebidas... Bem, falemos delas.

Por que mesmo celebramos o Ano Novo com tanto entusiasmo? E o Reveillon? Esta palavra significa,  em francês, “despertar”, estar atento! Mas como estar atento com tanta embriaguez que simula “felicidade”? Tem que estar acordado para a passagem do ano, para “fazer” seus pedidos, diz a tradição, por isso... Reveillon! Ora, ora, a que hora deverei estar acordado, como reza a mais que antiga tradição? À meia noite? Onde? No Japão ou no Brasil? São 12 horas de diferença...., portanto que diferença faz se eu estiver acordado ao meio dia daqui e acompanhar a passagem do ano, do Japão, via satélite, ao vivo? Costumes, convenções antigas, não levam em conta o progresso tecnológico. A tal da meia noite, de virada do ano “acontecia” no mesmo instante para os povos antigos, ou pelo menos até o ano de 1534, quando Nicolau Copérnico disse para  o mundo que a terra girava em torno do Sol e não o contrário. Galileu Galilei, que defendia essa tese foi condenado como herético religioso e obrigado a negar a tese heliocêntrica. Para a igreja conservadora, o sol é que girava em torno da terra, nascia de manhã e se punha à noite. Por isso, a virada do ano, que ela mesma, a igreja, criou o calendário de 365 dias e um ano bissexto de 366 a cada quatro anos, aconteceria à meia noite e “no mesmo instante” no mundo inteiro, pois a terra era fixa e quem girava era o sol..... Mas, nem foi preciso esperar a chegada do avião a jato para derrubar tamanha ignorância eclesiástica  inquisitória que queimava os cientistas com sendo hereges, pois outros como Kepler, Tycho Brahe e Galileu aperfeiçoaram a tese heliocêntrica. Sem ser cientista astronômico, eu mesmo comprovei, na prática, a burrice da igreja que queimava em fogueiras os hereges que “ousavam” confrontar seus dogmas.

Foi assim que certa vez, quando trabalhava nos Estados Unidos, voei de Chicago à São Francisco, na Califórnia. Foram quatro horas de voo, numa distância de quase 4.000 km. Saí às 12:00h e cheguei ao destino às 12:00h. Sim, na mesma hora e foi então que me lembrei da teoria da igreja católica, dizendo que a passagem do ano se daria !no mesmo instante, no mundo inteiro...” Só que não, pois, havia voado quatro horas e percorrido longuíssima distância. Se a igreja tivesse tido acesso ao avião a jato naqueles idos do século XVI, quem sabe a história teria sido outra.... Fuso horário tem disso, pois o avião a jato voa na mesma velocidade das horas do fuso. Pode-se dizer que fuso horário é convenção dos homens. É! Porém, passagem de ano velho para ano novo, também é! E por que, então, acreditarmos na transcendentalidade dessas datas? Por que seguir as regras convencionadas? A tradição recomenda celebrá-la com roupas de cor branca, atirar flores ao mar para Iemanjá, queima de toneladas de fogos de artifício para espantar os maus espíritos (pelo barulho) e atrair o bem e “iluminar” os céus, passando a ideia de “comunicação” com os deuses, a ligação com o transcendental. E a comida farta, incluindo algumas iguarias que “atraem” boa sorte e representam fartura para o ano todo. Porém, diz a lenda, não se deve comer, na virada do ano, aves que ciscam para trás, pois isso ocasionaria atraso na vida, assim como a lentilha verde, dá sorte com  moedas, dinheiro. Champanhe, danças, grandes shows pirotécnicos, etc, etc? À parte a beleza da queima e efeito de toneladas de fogos de artifício, nada disso me atrai nessas datas, pois são bem grotescas as origens e razões desses costumes. Enfim, cada povo tem a sua história, seu folclore e inventa maneiras de desejar feliz passagem de ano para seus amigos. Folclore e lendas à parte, é só lançar mão de argumentos científicos nos campos da engenharia, tecnologia, psicologia e afins, para se comprovar o quão primitivas são essas tradições. E pior, hoje deturpadas para atender aos interesses comerciais.

Fico a imaginar, por experiência própria, se eu tivesse embarcado e voado, de Chicago para São Francisco, à meia noite de 31 de dezembro. Teria eu que comemorar durante as quatro horas de voo naquela meia noite interminável, de longuíssima duração da tal festa de reveillon? Ou então, qual “meia-noite” valeria, a do embarque ou a do desembarque, ou todas valeriam durante as quatro horas de duração da viagem paralela ao tempo? A infabilidade da igreja falhou! Pelo menos nessa questão. Pena que os mortos pela sua Inquisição perderam a vida por conta de crassos erros, pura ignorância. Mas, a despeito disso, a Terra continua girando em torno do Sol e embora Galileu tenha se livrado da forca ou da fogueira da Inquisição, ele foi perdoado formalmente pela Igreja Católica em 31 de outubro de 1992, 350 anos depois de sua morte. A igreja gastou esse tempo todo, três séculos e meio, para aprender que a Terra gira em torno do Sol? Ainda bem que não matou Galileu nem Copérnico e concedeu, ao primeiro, o perdão post mortem.


Bem, as discussões acima são apenas retóricas argumentativas. Mas, ainda assim e por isso mesmo, essas festas com seus rituais próprios, antigos e hoje deturpados, não me empolgam, apesar de os especialistas em psicologia humana acharem que esses rituais são importantes e têm uma função especial para as pessoas. Carregam o poder simbólico de abrir e fechar ciclos da vida e esse poder é enorme, representando verdadeiro sincretismo, explorado até mesmo pelas religiões. O interessante é que, segundo os mesmos especialistas, as pessoas sentem necessidade de fazer um balanço de pontos positivos e negativos a cada ciclo que termina. Outro ingrediente fundamental para o bem estar psíquico do ser humano é a necessidade de esperança e dá às pessoas uma sensação de controle sobre o próprio destino, concluem os especialistas.  Daí, então, o sucesso dessas festas apelativas até no nome: réveillon. E a festa é vendida como se fosse a “ALEGRIA” em si.

Pura fantasia, dizer que todos que ali estão se sentem maravilhosamente felizes, vestidos de branco (outra fantasia do imaginário humano, pura convenção inventada pelo homem: a cor branca simbolizaria a paz, calma e pureza, significa inocência e esperança no bem e surgiu com os adeptos do Candomblé, que se vestem de branco para jogar flores no mar para Iemanjá). Mas por que todo mundo precisa fazer o balanço de suas vidas ao mesmo tempo, numa data convencionada pelo próprio homem? Diz a psicóloga Jaqueline Meireles que esse gigantesco “mutirão de boas intenções”, que se cria nesses momentos, pode ser um belo empurrãozinho para incentivar o exame de consciência e abraçar o ano vindouro. Então, segundo a especialista, somos “empurrados pela massa”, E eu acrescento: pela propaganda comercial, puramente financeira para os bolsos de quem organiza as festas e comerciantes que querem vender seus produtos natalinos e de festas de fim de ano. Enfim, todos querem apenas o lucro comercial, financeiro, até mesmo com irresponsabilidade que mata dezenas de pessoas a cada ano, como aquele malfadado Bateau Mouche que naufragou diante do show pirotécnico de Copacabana..

Recentemente li uma entrevista de um padre muito famoso na TV, que se queixava dessa “escravidão dos costumes”. Ele alega que não há aquela tal e tão propalada alegria geral. Afirma que “É quase uma inquisição. Você tem que ser alegre nessa data e isso é cansativo. Porque às vezes a pessoa não está naquela alegria toda, mas tem que fazer o papel. Igual na noite de Natal. Eu tenho pena de quem prepara a ceia, faz na correria toda e na hora de comer a pessoa que preparou não aguenta ficar em pé”. Quem disse isto foi o Padre Fábio de Melo, palestrante mega-pop da TV, e continuou seu desabafo:
“... não gosto disso, dessa obrigação de comemoração e por isso, e precisei aos poucos,  ao longo da vida, tomar coragem para fugir dos lugares lotados e encontrar a própria turma para ter uma passagem menos cansativa. O pior lugar do mundo é o litoral no interior. Fila para a padaria, fila para o restaurante, e vê aquele mar de gente, fingindo estar feliz. Um dia comecei a tomar coragem de estar onde achei que era mais interessante. Gosto de não ter a responsabilidade da alegria do fim de ano e nem ficar respondendo aquelas mensagens encaminhadas, que você sabe que não foram escritas para você. Tudo é cansativo”, concluiu o entrevistado.

Encontrei, portanto, um aliado de peso, incontestável, no combate a esses costumes deturpados, pois ele tem a sabedoria da convivência  com milhões de pessoas e sabe se relacionar. Pensando melhor, que coisa desagradável ver as festas e tradições humanas transformadas, hoje, em puro e mero objetivo comercial. Veja o Natal, o que há de religioso? Quase nada, inexpressivo. O que conta é o papai Noel cheio de presentes (interesse comercial). As manchetes dos jornais, à serviço do setor financeiro, só falam de “aumento nas vendas de natal, lojas e shoppings superlotados...”. E onde fica o espirito natalino cristão? Na festa de fim de ano a mesma coisa..., as manchetes estampadas, hoje, 31/12/2017, pelo jornal Correio Braziliense: #Partiufesta na Esplanada; Hora de renovar, com conselhos de astrólogos (ah... faça-me o favor, me poupe-me dessas crendices e superstições); jogue na Mega-Sena e ganhe 280 milhões; Restaurantes capricham nas festas desta noite; Descrença Política (grande novidade); Hora de olhar para frente; Fé no futebol e eleições de 2018...; 2018 será Ano difícil... As manchetes não serão diferentes nos noticiários televisivos da tarde e noite de hoje, a tal virada do ano. Pior, ainda, serão as notícias de amanhã, primeiro dia do novo ano, com o balanço negativo do ano velho, sob a falaciosa manchete “Retrospectiva”. Padre Fábio de Melo, da entrevista acima, tem razão. É irritante e cansativo demais! Também prefiro ficar longe dessa folia, de falsa “felicidade”. Ninguém tem obrigação de praticar isso, apenas porque muitos fazem e sem saber que estão sendo manipulados pelo poder econômico que tudo controla, até mesmo se haverá metrô, loja aberta ou não. Isto sem contar as origens atrasadas, de completa ignorância da ciência, que essas tradições carregam.

E hoje à tarde ainda me deparei com uma postagem muito sensata, de uma amiga dos tempos colegiais, Maria Aparecida Possato. Disse que leu muitas e diferentes mensagens, mas que a essência é a mesma, falando-se muito em Mudanças. Atitude que ela pensa não ser fácil de tomar e executar. Prefere a Gratidão e a descreve, citando a quem deveria ser grata, aos familiares e amigos que lhe ajudaram a ser quem ela é hoje, a quem lhe oferece trabalho, distração, boa prosa, felicidade e espaço para entrar em suas vidas, seja em silêncio ou tagarelando. Continua com sua gratidão, principalmente, a Deus pela vida, lar, comida e luz que ilumina seus caminhos, muitas vezes sinuosos. Promete a si mesma que vai “tentar” (gostei do “tentar”, pois se falhar..., bem foi apenas uma tentativa) ser mais leve e desprendida e que talvez seja essa a estrada para se viver com sabedoria e saborear os momentos felizes que deixamos de viver todos os dias. Assim se expressou em sua bela mensagem de Ano Novo. E digo que essas palavras complementam as de Padre Fábio de Melo e vêm, portanto, ao encontro do meu pensar.

Mas, descrever quatro paginas sobre as falhas e defeitos atávicos dos costumes das celebrações das festas de ano novo, não quer dizer, em absoluto,  que condenamos quem as comemoram em grandes eventos públicos e sigam os rituais recomendados para o vestir, comer e beber. Há, sim, os que gostam de festas, apreciam um bom vinho ou champanhe e participam com gosto e prazer dessas celebrações com fogos de artifício e muita música e bebida. Mas, também, ninguém pode dizer que uma reunião, en petit comité, em família, com um bom jantar (e até champanhe, e faz bem...), precedido de uma oração de gratidão a Deus por tudo que somos e, esperando as 12 badaladas do antigo relógio de parede, marcando um novo dia, um novo ano, não possa também ser considerada uma grande comemoração do Ano Novo.

Feliz 2018 !!!  

 Saúde e coragem para enfrentar os desafios que nos esperam!

Brasília, 31 de dezembro de 2017


Paulo das Lavras

Hoje, à tarde, vestido de preto, dos pés à cabeça (ops..., esqueci-me da tinta preta nos cabelos...rsrs).
Nada de vestes brancas, pura superstição. Detesto convenções e falsas alegrias...kkkk. Aqui, na foto, a alegria foi real, verdadeira, pois degustava, numa adega comercial, uma legítima Veuve Clicquot....
Mas, acabei levando a Chandon...rsrs, tão boa quanto e pronto para a passagem de ano, recebendo em casa toda a família e agregados. Mesmo trajando o preto (disfarça mais o barrigão...rsrs),
ninguém poderá contestar a alegria, a gratidão por tudo.
Ah..., não vou precisar de fogos de artifício para espantar maus espíritos ou iluminar os céus para falar com deuses da mitologia.
A oração sincera, de olhos fechados, no silêncio da alma, nos aproxima mais de Deus.
Missão cumprida em 2017. Gratidão à Deus, à família e aos amigos!
Saúde, para todos nós, e coragem para enfrentarmos os desafios de um novo ano.



 
Sim, o show pirotécnico de Copacabana é lindo. E a massa de milhões de cariocas e turistas do mundo inteiro faz a alegria do comércio. Os psicólogos têm razão, é contagiante a festa de Reveillon.
Um jornal publicou:
“...para a chegada de 2017 em Copacabana... na noite de réveillon, a praia mais famosa do Brasil recebeu, de acordo com a Riotur, dois milhões de pessoas, que foram brindar a chegada de um novo ciclo.18 toneladas de fogos foram disparados de onze balsas iluminando o céu de Copacabana para delírio dos presentes. O público ouviu o disparo de 21 mil bombas que começaram ao som de “Samba do Avião”, de Antônio Carlos Jobim. A esperança por dias mais leves e uma situação financeira mais tranquila também influenciou na maneira das pessoas se vestirem para o réveillon. Assim como no ano passado, muita gente trocou o tradicional branco pelo amarelo, que representa a prosperidade.

— Vim de amarelo para ter mais sorte em 2017. Preciso atrair coisas boas, principalmente uma proposta de emprego — diz Larissa da Cruz, que ficou desempregada em 2016.
Portanto.... Feliz 2018. Saúde para todos!”
Foto: - reprodução, internet - 2017


2 comentários:

  1. Obrigada querido amigo, você foi magistral ao atingir o significado sem significância (rs) da comemoração de uma mudança no calendário. Como uma descendente de italianos sou tagarela, bem falante mesmo, aprendo todos os dias porém que é de dentro de nós mesmos que temos de realizar os nossos sonhos do dia a dia. Enfim....Feliz ano de 2018 com saúde e paz no coração.

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  2. Como sempre, uma bela e interessante crônica. Recheada de curiosidades, bom humor e sabedoria. Você tem, realmente, o dom da narrativa. O cotidiano é mesmo a sua praia! Quanto às mensagens que não sofrem mudanças, considero bem positiva essa permanência dos bons desejos, dos mesmos votos através de séculos, milênios... afinal, a essência humana será sempre a mesma, pois o universo continuará com a eterna dicotomia que mantém a existência dos seres abstratos: a noite e o dia, o calor e o frio, o velho e o novo, o certo e o errado, a alegria e a tristeza, a vida e a morte... O que precisamos mudar não são as intenções positivas, os bons augúrios, mas sim o lado negativo, a predominância do mal que está sobrepujando o bem! Por isso repito aqui as mesmas fórmulas arcaicas: Feliz Ano Novo! Com Saúde, Paz, Alegria, muita Fé e Esperança para atingirmos grandes Transformações! Maria Lúcia Cunha Carneiro

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