sábado, 28 de dezembro de 2013

De volta à França (1) - Missão cumprida


Decorridos 25 anos das viagens, em missões oficiais, retornamos à França para uma visita sentimental com duplo objetivo: apadrinhar o casamento de antigo amigo e ex-colega de trabalho naquele país e no Brasil e visitar monumentos, museus e lugares históricos que não puderam ser vistos antes. Centenas de fotos foram tomadas, livros adquiridos e até ganhamos cópia de um documento original, com assinatura do Fuhrer, que está em poder do filho do oficial francês Robert Reitzer. Também fomos presenteados com cópias das condecorações que aquele oficial alsaciano recebeu por méritos na luta contra a invasão de Hitler à França. Seu orgulhoso filho, Daniel Reitzer, foi nosso anfitrião e nubente do qual fomos padrinhos. Reunimos uma grande quantidade de documentos suficientes para a produção de crônicas durante um ano inteiro. A série de crônicas “De Volta à França” contará histórias reais que vimos (e vivemos algumas, incluindo-se as indefectíveis comprinhas de encomendas) na velha França, berço de grande parte da cultura mundial.

 Brasília, 11 de dezembro de 2013

Paulo das Lavras
Investido da autoridade autoproclamada de Maire da charmosa comunidade de Saint Savin sur Guertampes, o Monsieur Dasilva, portando a faixa Bleu, Blanc et Rouge, as cores da bandeira nacional da frança, lê as regras do matrimônio pactuado sob a nova modalidade Pacs. Por se tratar de contrato de duração limitada, ofereceu à noiva, que é médica em Paris, se necessário for, asilo no distante Brasil tropical... Irreverentes e como adoram o Brasil, os franceses caíram na gargalhada... e tomem champanhe...

O celebrante oferece as alianças aos noivos

Amigos franceses presentes à cerimonia e que trabalharam nos projetos de cooperação educacional de ciências agrárias Brasil/França, 1986 -1990.

O Museu do Desembarque, de 06 de junho de 1944, das Tropas Aliadas na Normandia

Bunker alemão, na praia de Omaha, Normandia, bombardeado pela RAF

 Uma reflexão respeitosa diante de um dos mais de nove mil túmulos de soldados tombados em combate ali naquelas praias da Normandia. Só no primeiro dia, 06 de junho de 1944, o chamado Dia D, foram quase seis mil soldados das tropas aliadas mortos durante o desembarque. Não há como não se emocionar diante do túmulo de um soldado que lutou e morreu para garantir a nossa liberdade

Conversando com jovens universitários ao pé da verdadeira Estátua da Liberdade, no Museu des Arts et Métiers. Sim, esta é a verdadeira estátua a partir da qual os franceses fizeram o molde, ampliaram e ofereceram aos americanos que a colocaram na entrada do porto de Nova York. Assim conta a história ao pé desse monumento. Conversar com jovens é prazeroso, pois têm um grande horizonte pela frente. Renovam nossas energias e nos permitem conhecer melhor um povo, seus sonhos e o futuro da nação.
                                                                                                

 
O bastião da Liberdade, Igualdade e Fraternidade nos remonta ao ano de 1789, quando se deu a tomada da Bastilha, marco da Revolução Francesa que tanto influenciou a história da humanidade. Ali, naquela praça, rolaram cabeças                                                                                    literalmente.
Decoração de natal, vista a parir da Place de la Concorde e mostrando os Cavalos de Marly, bem à entrada da Avenida Champs Elysées.

  Os canhões de Napoleão no Museu de l´Armée - les Invalides
No Panteão Nacional. Honra às grandes figuras francesas

Checando os cadeados da sorte no amor. Não havia lugar para nenhum mais, embora eu tenha sugerido ao noivo ali deixar um... rsrs

O Institut National Agronomique de Paris, onde desempenhamos missão de cooperação, no final dos anos 80, com várias universidades brasileiras. Interessante lembrar que o ensino da agronomia no Brasil começou em 1887, há 126 anos em Cruz das Almas-Ba, com professores vindos desse Instituto Superior. Brasil e França tem história.


























segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

De volta à França (2) - Paris e Brasília


O que a arquitetura moderna de Brasília tem a ver com Paris, a Cidade Luz que foi fundada há mais de 2300 anos, ou mais precisamente no ano 300 A.C.? O passado da Cidade Luz revela a grandiosidade que foi como formidável centro de estudos da Idade Média, palco da Guerra dos Cem Anos com Joana D´Arc e outras tantas. Ali explodiu a Revolução Francesa de 1789 com a tomada da Bastilha, o terror de Robespierre e ruas ensanguentadas marcadas por verdadeiro grito de guerra, a Marselhesa, que estimulava os soldados a defender as fronteiras do Reno, na região de Estrasburgo. Aquele mesmo grito de guerra depois transformado em Hino Nacional, cantado com plena empolgação (Allons enfants de la Patrie, le jour de gloire est arrivé!... L'étendard sanglant est levé... Qu'un sang impur abreuve nos sillons! Avante filhos da Pátria, o dia da glória chegou... O estandarte ensanguentado se ergueu.... Que um sangue impuro banhe o nosso solo!). Velha Paris, nossa conhecida pelos compêndios de história e estudos obrigatórios de seu idioma, o francês, por sete anos nas séries do antigo ensino ginasial e colegial, hoje conhecidos por ensino fundamental e médio. Foi por intermédio das lições de francês, iniciadas no Brasil pelo Colégio Pedro II em 1837, que os meninos tomavam contato com a literatura de Balzac, Zola e os filósofos iluministas Voltaire e Rousseau que inspiraram os princípios da Revolução francesa. A cultura francesa enfeitava o imaginário dos estudantes que cresciam sonhando em conhecer a Paris desses intelectuais revolucionários e muitos cientistas. Toda a literatura e compêndios de filosofia e ciências eram baseados nas publicações francesas e não raras vezes a leitura se dava no idioma original, principalmente frases incentivadoras dos estudos como aquela célebre: L’homme instruit parle peu et bien; l’ignorant parle beaucoup et ma, ou então a mais famosa frase de Luiz XIV, o Rei Sol... L´Etat c´est moi... Ah..., as lições dos livros: Le Français, dos autores Robin et Bergeaud, da Librairie Hachette- Paris e depois Mon Livre de Français, de Marcel Debrot, professor radicado em Belo Horizonte e que casualmente o conhecemos num almoço na cidade mineira de Nova Lima alguns anos mais tarde.

Com a bagagem cultural e humanística adquirida na juventude e ainda os estudos aprofundados sobre a origem francesa do ensino agrícola superior no Brasil e algumas viagens em missões oficiais por toda a França com domínio razoável do idioma, só faltava mesmo um passeio cultural para explorar um pouco daquilo que aprendemos antes.  Durante os oito dias em que estive em Paris pude aguçar o olhar sobre o traçado da cidade, ruelas, casario e modernas avenidas como os Boulevard Haussmann, Raspail, Montparnasse e outras decorrentes da grande reforma urbana que o Barão Haussmann nela efetuou entre 1852 e 1870. Notável a questão da engenharia da mobilidade urbana, com o sistema de metrô desde o ano de 1900 e conectado aos sistemas de trens e ônibus suburbanos. Essas grandes avenidas com seus cafés e lojas de grifes, aliados ao funcional sistema de transporte público, determinaram um estilo próprio de vida dos parisienses e que influenciaram a engenharia e a arquitetura urbana do mundo inteiro.

Paris passou por tudo isto e muito mais. Tem história, da ambição desenfreada de Napoleão na conquista e domínio da Europa à sedição imposta pelos nazistas alemães na Segunda Guerra Mundial. Mais recentemente pelas barricadas estudantis de 1968 e depois, em 1988, quando da reforma da educação nacional, que lá presenciei. O projeto de lei Devaquet previa a introdução do processo seletivo para ingresso nas universidades. Foi insistentemente combatido pelos estudantes. Devaquet era o ministro da educação superior e da pesquisa, e eu me encontrava atuando justamente na DGER, a Direção Geral de Ensino e Pesquisa, o órgão governamental visado pelos estudantes.  Foram verdadeiras demonstrações de democracia nas ruas de Paris, que iniciaram em 1986 e se estenderam até o ano de 1988. Foram marcantes para o jovem executivo que, exatos 20 anos antes, em 1968, presenciara e sofrera as consequências de escaramuças policiais repressivas contra estudantes na Avenida Alfredo Balena, defronte à Escola de Medicina da UFMG. Eram os protestos estudantis contra a ditadura militar que se instalara em nosso país. Em Paris, naquele mês de junho de 1988, não pude deixar de traçar um triste paralelo entre os protestos estudantis de Belo Horizonte, onde residia e trabalhava e aquele ali, ordeiro, mas incisivo e direto nas avenidas da milenar capital dos franceses. Confesso que tive vontade de vingar as escaramuças da Avenida Alfredo Balena, à base de gás lacrimogênio e cacetadas e marchar junto aos secundaristas parisienses que caminhavam protegidos pelos policiais. Invejável, o direito de livre manifestação.

No campo da ciência Paris abrigou as grandes descobertas de Pasteur, Pierre e Madame Curie, Laplace, Lavoisier, Pascal, Ampere e tantos outros que estudamos nos colégios e faculdades.  Paris sempre foi considerada o centro da cultura europeia, da moda, literatura de Balzac, Baudelaire, Zola, do iluminismo de Jean Jacques Rousseau e outros hoje reverenciados no Panteão Nacional. Paris é única, no passado e no presente. Seus cafés, lojas de grifes, museus e monumentos como a Torre Eiffel construída em 1889 e o grande e incomparável Panteão Nacional, entre tantos outros, nos mostram isto.  Um deleite sem igual.

Mas, o que mesmo, numa análise simplista, há de comum entre Brasília e Paris? É evidente que não se pretende comparar o incomparável, pois cada cidade é única, mas apenas lançar um olhar, leigo, diga-se, sobre as concepções urbanísticas e arquitetônicas de ambas as cidades. Se de um lado a Avenida Champs Elysées se constitui em eixo histórico de Paris, alinhando o Arco do Triunfo ao Arco de La Defense, passando pelo obelisco da Place de la Concorde, em Brasília temos o Eixo Monumental que alinha o Palácio da Alvorada ao memorial JK, estendendo-se até a Estação Rodoferroviária, passando pela Praça dos Três Poderes, Marco Zero (Rodoviária do Plano Piloto, que é o cruzamento do Eixo Monumental com as Asas Sul e Norte) e a Torre de TV. Interessante notar que até mesmo o quadrante solar, traçado no solo ao redor do Obelisco Egípcio da Praça de la Concorde, inspirou a colocação do quadrante solar em Brasília, suspenso em um pedestal de ferro bem ao meio da Esplanada, em frente à Catedral Metropolitana. As praças de Paris são pródigas em monumentos e esculturas como as dos Cavalos de Marly, cujos originais se encontram no Museu do Louvre e as réplicas na praça de la Concorde, bem na entrada da Champs Elysées. Esculturas em praças não são tão frequentes em Brasília. Mas, há quem diga que nem é tão necessário assim, pois os prédios de Niemeyer já são as próprias esculturas. Concordo, veja a catedral Metropolitana, o Congresso Nacional com suas belas conchas, as curvas dos palácios da Praça dos Três Poderes, do Alvorada e do Museu Nacional. Verdadeiras esculturas que enchem os olhos e provocam admiração em qualquer visitante, sobretudo os estrangeiros.

Em termos urbanísticos, afora a gritante diferença do sistema de transporte público com sua vasta rede metroviária, de trens suburbanos e ônibus, observamos semelhanças no gabarito (altura) dos prédios na área central de Paris.  São seis andares mais o térreo e muitos locais com fachadas uniformes. Brasília também tem gabarito de seis andares mais o pilotis, que é o térreo, vazado para livre circulação. As fachadas também uniformes em vários setores da cidade. São assim nas quadras residenciais do plano piloto, nos setores comerciais, hoteleiros, bancários e outras. A uniformidade se repete até mesmo na Esplanada dos Ministérios, com prédios idênticos, de nove andares. Os arquitetos urbanistas Haussmann, Lúcio Costa e Niemeyer quiseram nos brindar com um horizonte limpo, sem cercas para as vistas. Quando contempladas a partir dos pontos mais altos, como o mirante da torre Eiffel na cidade luz ou da torre de TV da capital brasileira, pode-se sentir o quanto isso foi acertado e agradável. O horizonte é limpo, descortinando-se toda a paisagem da cidade, sem grande densidade de população permanente. Apenas uma diferença, o céu de Brasília é de um azul intenso, o ano inteiro, o que nos dá uma sensação de maior liberdade e beleza.

 Outra semelhança observada foi a existência de superquadras nos distritos mais distantes do centro de Paris. Portanto, as superquadras residenciais de Brasília não são tão originais assim. O modelo existe por lá, pelo menos em Rueil-Malmaison com sua Square Ronsard e quase uma dezena de prédios iguais, de cinco andares, destinados a moradias. Pode-se afirmar que tanto o gabarito de seis pavimentos para os prédios como a concepção de superquadras de Brasília tiveram influencia do modelo francês e, lógico, foram melhoradas por Lucio Costa e Niemeyer. As melhorias criadas pelos arquitetos brasileiros podem ser sentidas na predominância das áreas verdes, do paisagismo aberto, o céu escancarado, a existência dos pilotis livres e o agrupamento de duas superquadras servidas por comércio local, áreas de lazer e escolas. A vivencia e convivência dos moradores foi mais facilitada em Brasília que em Paris. Nisto os arquitetos brasileiros foram privilegiados, pois dispunham de enorme vazio que pôde ser totalmente planejado. Essa qualidade de vida na cidade de Brasília, que supera qualquer similar do mundo, é uma vantagem que atraiu e contribuiu para a fixação de muitas famílias em nossa capital. Vive-se na superquadra com todas as facilidades disponíveis e portanto sem necessidade de se locomover até mesmo para levar as crianças à escola ou lazer. Aliás, as superquadras convidam a uma caminhada em mais de 120 km de alamedas totalmente sombreadas com ipês e outras árvores que florescem em diferentes ocasiões. Em Paris isto só é possível em parques ou nos bosques que margeiam o Rio Sena um pouco mais distante do centro da cidade. Passeamos pelos bosques de Malmaison, onde o Rio Sena tem uns 100 metros de largura, com águas límpidas e azuis. Nesse trecho há algumas ilhas e um pouco mais adiante ficava a famosa Máquina de Marly que bombeava água para o suntuoso Palácio de Versalhes com suas fontes artificiais e belos jardins. Em Brasília não há rio, mas sim um grande lago com mais de 60 km de orla. Por outro lado, além das alamedas para pedestres, há ainda mais de 50 km de ciclovia nas asas sul e norte, paralelas e sob a mesma arborização das alamedas de pedestres. Qualidade sem igual seja na América do Norte ou na Europa, pois as mesmas passam dentro das Super Quadras e não há que se deslocar para buscar parques distantes e sem estacionamentos.

Sobre a população pudemos sentir que Paris é mais cosmopolita. Embora Brasília também o seja, pois é a sede do poder nacional onde se concentram as missões diplomáticas do mundo inteiro, Paris ganha nesse quesito. Encontram-se pessoas nas ruas de todas as nacionalidades provenientes dos cinco continentes e por consequência uma babel de idiomas. Mas nem por isso o parisiense deixa de ser cortês. E nesse quesito a cidade mudou bastante. Há 25 anos ainda havia forte predominância xenofóbica. Antes, nem mesmo se dignavam a prestar informações solicitadas por turistas, qualquer que fosse a sua nacionalidade. Lembro-me que numa das primeiras vezes que lá estive até mesmo um gendarme negou-se a prestar-me informação até que lhe fosse exibida uma declaração do Ministère des Affaires Étrangères. Esta determinava que fosse prestada toda a assistência necessária ao tal M. DaSilva. Daí entendi o por que daquela inusitada declaração que o governo francês havia oferecido e solicitado que a portasse durante a estada em missões oficiais junto aos ministérios da Educação e Agricultura daquele país. Hoje, não mais seria necessário tal documento de ordenança aos agentes públicos, pois a população está mais aberta e receptiva ao turista e não faltam bonjour, excusez moi e merci em qualquer circunstância, sejam nos meios de transporte, nas ruas, lojas, monumentos e restaurantes. Ah, para quem não domina totalmente o idioma francês não é mais problema, pois grande parte é fluente no inglês.

Ainda sobre a população e seus costumes um detalhe, no entanto, chamou-me a atenção. Infelizmente cresceu o número de fumantes. É incrível a quantidade deles que se vê em certos ambientes e especialmente nas ruas, mesmo sob intenso frio. Não há campanhas sobre os malefícios que o fumo pode causar à saúde, à exceção única daquelas advertências que vêm impressas nos maços de cigarros. Conversamos bastante sobre isso e parece que não há uma preocupação nacional. Aliás, ficamos bastante chocados ao visitar um Licée, onde os jovens de 13 e 14 anos (conferimos a idade) fumavam..., todos eles, sem exceção, à porta do colégio e ao lado de um professor que animadamente conversava com eles e... também fumava. Sem querer criticar, soa muito estranha essa situação num país que tem sido vanguarda nas pesquisas e ações em prol da humanidade. Ainda mais quando, por outro lado, sabe-se que no Brasil as campanhas contra o fumo foram muito bem sucedidas, baixando o número de fumantes em cerca de 60% nos últimos dez anos.  Mas, em contrapartida os parisienses adoram frequentar, além dos cafés, bibliotecas e museus. Encontrei vários grupos de crianças e de adolescentes em alguns museus e monumentos. Um hábito educacional não muito cultivado pelos brasileiros. Mas, também é inegável reconhecer que, comparativamente, estamos longe em termos de qualidade e quantidade de museus em nosso país. Há que se registrar, também, a grande presença de idosos circulando pelas ruas, museus, cafés e locais turísticos da cidade. Locomovem-se de metrô, ônibus, trens e caminham bastante pelos bosques, mesmo sob o intenso frio de dezembro.

Mas, enfim, a França está cada vez melhor, Paris mais bonita com a decoração de natal, monumentos e museus em quantidades suficientes para se passar toda uma vida visitando-os e conhecendo mais e mais sobre tudo que se possa imaginar, das guerras à moda, à ciência e tecnologia, às artes, costumes e letras. Paris é única, disse alguém. Concordo e à parte a fascinação que ela exerce, há que se voltar lá de tempos em tempos para, além de apreciar suas belezas e culinária, reencontrar todo um passado de cultura e saber que tanto marcaram a humanidade. Não é necessário que sejamos um arquiteto, urbanista ou engenheiro ou ainda um artista e tampouco fotógrafo profissional para admirar e apreciar seus encantos, sua história e notar semelhanças com nossas cidades e sua gente. Basta ser um turista, curioso, que registre com fotos, quase sempre de pouca qualidade, tiradas por smartphone ou tablet sempre à mão e dê asas à imaginação. O melhor de uma viagem é a reflexão que dela aflora, buscando nos escaninhos da mente o passado e deleitando-se com o presente, o novo, diferente e inusitado às vezes, bem ali aos seus olhos, enriquecendo a alma.  Flâner et flâner...

Brasília, 23 de dezembro de 2013

Paulo das Lavras
 
 
 
 
O  segundo livro de francês. 1957 a 1963 .. .                                                          

 

 


                                                                                 



                                                                          
Quadra residencial em Malmaison/Paris


 

                                                                       


                                                                                                       Super Quadras em Brasília


                                         Bosque à margem esquerda do Rio Sena, bem azul
                                                    e despoluído - dezembro 2013 (04ºC)

                                                                            
                                                                        
Bosque e ciclovia na Superquadra de Brasília,
dezembro de 2013 (25ºC, nublado)
 
 
A 1 km abaixo, ou 16 min de caminhada, em Bougival,
ficava a possante Máquina de Marly que bombeava água
do Rio Sena para o suntuoso Palácio de Versalhes.
 
 
Paisagismo harmonioso, bosque, ciclovia, blocos residenciais
com via de circulação restrita aos moradores. 
 
 
Blocos comerciais à direita da ciclovia. à esquerda situam-se
os blocos residenciais.
 
 
Entre cada duas superquadras há área com quadras esportivas
e Escola Fundamental (ao fundo da foto)


                                                                       
Champs Elysées e Arco do Triunfo
 
 
 
Eixo Monumental- Esplanada dos Ministérios e
Congresso Nacional

                

                                                                           
 
 
Essas belas esculturas chamadas de “Cavalos de Marly” datam de 1745. Faziam parte da decoração do Castelo de Marly. Esse castelo foi construído por Luiz XIV, o Rei Sol. Ali se localizava o sistema de bombeamento de água do Sena para o Palácio de Versalhes (possuía a maior bomba hidráulica do século XVII, com catorze pás giratórias movidas pela correnteza suave do rio Sena). Em 1794, durante a Revolução Francesa, as esculturas, em mármore, foram levados para a Place de la Concorde. Depois foram transferidas para o Museu do Louvre onde se encontram até hoje na ala Cours de Marly. Na Place de la Concorde estão as réplicas que fotografei, na entrada da Avenida de Champs Élysées (3ª foto abaixo).


                                                                           


                                                                          
Chevaux de Marly - foto de 1905
 
 
Os Cavalos de Marly, dezembro de 2013, na Place de la Concorde,
na entrada da Champs Elysées, vendo-se o Arco do Triunfo ao fundo
 
 
As "esculturas" de Brasília., a Catedral e o Museu Nacional
 


                                                                       
                                                            Torre Eiffel - Paris

                                                                                     
Torre de TV - Brasília
 
                                                                   
Boulevard Haussmann
 
 
                                               Eixo Rodoviário Sul - Brasília

                                                                  
                                   Decoração natalina de 2013. Paris e Brasília
                                                              


                                                             
                            Trem (120km/h) SNCF. Paris/Caen na Normandia

                                                          
                              Metrô de Brasília, em rampa acentuada de 8% de aclive

                                                                     
                          Feirinha de fim de semana em Rueil-Malmaison/Paris


                                                                
                                     Institut National Agronomique de Paris

                                                             

                                                Crianças visitando Museu

                                                                 
                                       Meninos no Museu des Arts et Métiers

                                                                  

                        Adolescentes e professor fumando à porta de um Licée

                                                               
                                        Aguerridos Estudantes secundaristas

                                                                     
Panthéon National - Paris 
 
                                                Panteão da Pátria - Brasília